Sempre existiram três maneiras de curtir a vista acachapante do Terraço Itália: a) jantando no restaurante, b) pedindo uma bebida no Piano Bar; c) fazendo a visita ao mirante. Acontece que a terceira opção – que é também a mais acessível – deixou de existir durante boa parte da pandemia e só será retomada no próximo domingo, dia 15 de agosto.

A visita ao mirante vai continuar acontecendo diariamente das 15h às 19h e custando R$ 30. A diferença é que, agora, os ingressos deverão ser adquiridos com antecedência pelo site, já que a capacidade máxima foi reduzida a 30 pessoas por horário. Além disso, o preço deixou de incluir o welcome drink – uma taça de champagne ou prosecco que, no passado, era servida para cada visitante bebericar enquanto curtia a vista panorâmica do alto do 42° andar do Edifício Itália, que abrange desde o Copan, logo ao lado, até a Avenida Paulista e a Serra da Cantareira.

Ainda é possível, porém, emendar a visita ao mirante com uma bebida no Piano Bar, que abre às 15h de segunda a sexta e às 12h nos finais de semana. Por lá, a novidade é a volta das apresentações musicais a partir das 20h30, que também deixaram de acontecer na pandemia. Para curtir os shows (veja a programação aqui), é preciso desembolsar R$ 35 por pessoa, além dos itens que serão consumidos noite a dentro. Há uma carta de vinhos com mais de 200 rótulos, um menu de drinks com clássicos italianos, como o Negroni e o Bellini, e aperitivos para beliscar.

O restaurante, por fim, continua sob o comando do chef toscano Pasquale Mancini, que já ensinou uma receita de pappa al pomodoro aqui na VT. O buffet de almoço a partir das 12h deixou de existir durante a pandemia e foi substituído por um menu com entrada, prato principal e sobremesa (R$ 126 durante a semana e R$ 159 aos sábados e domingos). O jantar a la carte, servido das 18h em diante, continua sendo para poucos bolsos: os pratos individuais de massas e risotos não saem por menos de R$ 100, enquanto as carnes e peixes ficam em torno dos R$ 140, mais os R$ 45 de couvert artístico. Em qualquer hora do dia, é necessário reservar mesa com antecedência pelo site. Durante a noite, o espaço romântico e intimista, iluminado por velas, é um cenário frequente para pedidos de casamento.

Edifício Itália

Projetado pelo alemão Franz Heep, o Edifício Itália figurava entre os maiores de São Paulo quando inaugurou em 1965, com 165 metros de altura distribuídos em 46 andares. Quando admirou a vista ali de cima pela primeira vez, o empresário italiano Evaristo Comolatti teve a ideia de abrir um restaurante de luxo em um dos pontos mais altos do prédio comercial. Foi assim que nasceu, em 1967, o Terraço Itália, que logo se tornou ponto de encontro de personalidades e famosos. Até a Rainha Elizabeth II esteve lá com o seu amor, o falecido Príncipe Phillip, em 1968.

De lá para cá, o Edifício Itália passou por alguns altos e baixos que inevitavelmente respingaram no Terraço Itália. Assim como o restante do Centro Histórico, os arredores da Praça da República, onde o prédio está localizado, se tornaram um lugar perigoso para moradores e turistas. Apesar do cartão-postal ficar no número 344 da Avenida Ipiranga, a pouco mais de 200 metros da estação República do metrô (Linhas 3-Vermelha e 4-Amarela), é recomendável não circular a pé por ali, especialmente durante a noite. A alternativa é ir de Uber ou deixar o carro no estacionamento do próprio Edifício Itália (R$ 27 o valet).

A vista, porém, continua entre as melhores de São Paulo. Do Terraço Itália, os visitantes admiram de pertinho as curvas do Edifício Copan, golaço de Oscar Niemeyer, o telhado neogótico da Catedral da Sé e o emblemático Farol Santander (veja como é a visita por lá aqui). Um pouco mais distantes estão os arranha-céus da Avenida Paulista e, quando a poluição permite, o horizonte termina no Pico do Jaraguá, um dos pontos mais altos do município.

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    Fonte: Viagem e Turismo