Queimadas no Pantanal. Imagem: climainfo.com.

Cinco fazendeiros são investigados pela Polícia Federal (PF) pelas queimadas que destruíram 25 mil hectares do Pantanal de Mato Grosso do Sul, na região da Serra do Amolar, em Corumbá. 

Essas queimadas foram o foco da operação Maitáá, deflagrada na segunda-feira, 14, pela unidade. Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, um dos fazendeiros foi preso em flagrante, por posse irregular de arma de fogo e munições.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Alan Givigi, cada um dos produtores rurais é dono de uma fazenda onde foi verificado início do fogo que destruiu parte da área de preservação ambiental do Pantanal, na divisa com o Mato Grosso. “São 5 fazendas, cada um com um dono diferente”, disse.

A suspeita dos policiais é que os produtores rurais tenham colocado fogo em vegetação nativa para transformá-la em pastagem para criação de gado. “Você extrai a mata nativa, e aí fica a pastagem para o gado”, fala o delegado.

De acordo com a PF, os suspeitos podem responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a unidades de conservação, incêndio e poluição (Art. 54, da Lei no 9.605/98), cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.

O advogado ambiental Igor Queiroz explicou que as infrações ambientais são divididas em três esferas: administrativa, civil e penal. A Lei Ambiental (N° 9.605/98) também prevê que a ocorrência de dano a espécies ameaçadas de extinção é considerada situação agravante de pena.

O Parque Estadual Encontro das Águas, em Porto Jofre, na cidade de Poconé (MT), é conhecido por deter a maior população de onças-pintadas do mundo. O local que antes era um refúgio para os animais está em chamas e já teve 92 mil hectares destruídos pelo fogo, um total de 85% dos 108 mil hectares que correspondem a sua área total.

Dados da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em inglês) mostram que a espécie já está ameaçada de extinção. Agora, as onças-pintadas são ameaçadas, também, pelas queimadas. Estudos apontam que o Brasil reserva 50% de toda população mundial do mamífero.

O Pantanal passa pelo setembro com mais focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 5.603 focos de calor detectados em apenas 16 dias, contra 5.498 registrados no mês inteiro de setembro em 2007 – o recorde para o mês até este ano. Com informações do Correio Braziliense e G1. 

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Fonte: Gazeta News