O presidente autodeclarado interino da Venezuela, Juan Guaidó, e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, estão em um novo encontro com representantes do Grupo de Lima que começou na manhã desta segunda-feira, 25, em Bogotá, na Colômbia, para discutir a crise na Venezuela.

A discussão acontece depois da tentativa de entrega de ajuda humanitária no fim de semana nas fronteiras com o Brasil e a Colômbia coordenada pelo líder da oposição, Guaidó.

Entre sexta-feira, 22, e sábado, 23, quatro pessoas morreram e 300 ficaram feridas, de acordo com dados do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entretanto, o prefeito da municipalidade de Gran Sabana, que é opositor de Maduro, afirmou que 25 pessoas morreram e 84 ficaram feridas em Santa Elena de Uairén (cidade venezuelana na fronteira com o Brasil). A informação ainda não foi confirmada por fontes independentes.

No encontro, Mike Pence afirmou que a violência durante a tentativa de entrega de alimentos e remédios tão necessários à Venezuela fortalece a determinação dos EUA de apoiar Guaidó até que a liberdade seja restabelecida na Venezuela, disse Pence em uma reunião do bloco regional do Grupo Lima.

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“No Grupo Lima, estamos lutando por uma solução pacífica”, disse o vice-ministro do Exterior do Peru, Hugo de Zela, na abertura da reunião. Para ele, chegou a hora de adotar “mais medidas para isolar o regime”. “Medidas mais claras para aumentar a pressão, e estamos dispostos a assumir posições mais categóricas, agir politicamente, agir financeiramente”, insistiu.

“Reafirmamos nosso compromisso com a transição democrática e a restauração da ordem constitucional na Venezuela”, afirmou Holmes Trujillo, ministro das Relações Exteriores da Colômbia e anfitrião do encontro.

Antes do encontro, Guaidó chegou a pedir que “todas as opções permaneçam abertas” contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Pouco antes do início do encontro, a Comissão Europeia fez um apelo para que seja encontrada uma saída negociada para a crise e para que os líderes evitem uma intervenção militar no país.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar para o restabelecimento da democracia na Venezuela. Integram o grupo os chanceleres de países como Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Peru, entre outros.

Por meio de uma nota, o Ministério da Defesa disse ter intercedido “para que novos incidentes, na linha de fronteira, envolvendo venezuelanos e a Guarda Nacional Bolivariana, não voltem a se repetir”.

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“Os veículos antidistúrbios, que estavam na barreira montada no país vizinho, recuaram imediatamente. Militares brasileiros e venezuelanos negociaram, no local, e foi entendida a inconveniência da presença desse tipo de aparato militar. No lado brasileiro, o controle dos acolhidos foi reforçado para evitar novos confrontos”, diz o comunicado.

A nota ressalta que a fronteira brasileira continua aberta para acolher refugiados e reitera a “confiança em uma solução urgente para a situação na Venezuela”. Com informações da Reuters e G1.

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Fonte: Gazeta News