Foto9 Ar engarrafado Companhia engarrafa e vende “humidade” da Amazônia por US$ 74
A companhia tem a capacidade de produzir até 5 mil litros de água por dia

A água captada passa do estado gasoso para o líquido sem qualquer processo químico e de forma sustentável

Uma companhia está vendendo a “Ô Amazon Air Water”, uma técnica que transforma a humidade do ar da Amazônia em água engarrafada. O processo é curioso, mas simples. A fábrica da empresa, localizada no município de Barcelos (AM), possui equipamentos que capturam e condensam a humidade do ar em reservatórios estéreis. Como no processo natural, a água captada passa do estado gasoso para o líquido sem qualquer processo químico e de forma sustentável. A companhia tem a capacidade de produzir até 5 mil litros de água por dia.

Como parte do comprometimento com o meio-ambiente, a Ô Amazon diz que utiliza garrafas de vidro, material 100% reciclável, e tampas biodegradáveis. A empresa planeja operar no segmento de luxo, então, as garrafas de 750 ml de água serão vendidas somente na Europa, por enquanto, por 70 Euros, o equivalente a R$ 323. Durante o 1º ano, a projeção de vendas é de 6 milhões de garrafas.

Disputando no mercado de luxo, a água do ar da Amazônia é voltada para um grupo seleto de admiradores de águas muito caras. Algumas marcas conferem status aos seus consumidores e origem é um dos atributos mais importantes para esses consumidores de produtos de luxo, além da embalagem, muitos designs são criados por artistas renomados.

Elas podem vir do Monte Fuji no Japão, de um aquífero profundo numa cidade europeia, de uma montanha na Indonésia ou de um vulcão na Nova Zelândia. Algumas dessas águas são purificadas dezenas de vezes e custam milhares de dólares.

Além da distribuição internacional, a Ô Amazon dará galões de 20 litros cada às pessoas sem acesso à água tratada em Barcelos (AM).

“Com as autoridades municipais, nós criamos o ‘galão de 20 litros’, onde nós teremos os registros das pessoas em situação vulnerável na cidade para quem realizaremos as doações”, disse o investidor e sócio, Cal Júnior.

Fonte: Brazilian Voice