Após oito anos fechado para a visitação, o Museu do Ipiranga recebeu uma previsão de reabertura. Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 31 de agosto, o governador João Doria anunciou que o projeto de reforma e restauração está com 70% das obras concluídas. Por isso, a estimativa é que o ponto turístico de São Paulo seja reinaugurado em 7 de setembro de 2022, Bicentenário da Independência do Brasil.

De acordo com o governo, a entrega do complexo vai coroar uma série de festividades que terão início um mês antes do Dia da Independência, com atividades na área externa do parque. Para que o museu fique pronto a tempo, várias intervenções estão acontecendo simultaneamente, incluindo a recuperação do Jardim Francês, a despoluição do Córrego do Ipiranga e a implantação de um modelo de gestão sustentável. 

A contagem regressiva, que começou hoje (7), está sendo feita por um relógio que foi instalado nos jardins do Museu do Ipiranga. Mas também é possível acompanhá-la no site oficial do novo museu, que publica um diário de obra e transmitirá um show ao vivo de João Bosco e Mart’nália nesse feriado.

O antigo museu e suas novas possibilidades

Amplamente conhecido como ‘Museu do Ipiranga, o Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 mais ou menos onde teria ocorrido o grito de Dom Pedro. Inicialmente, a coleção era composta por artigos relacionados à história natural que pertenciam ao Coronel Joaquim Sertório. Foi só depois do Centenário da Independência, em 1922, que a exposição mudou de caráter e passou destacar os eventos mais relevantes da história de São Paulo e do Brasil.

Hoje, o conjunto urbanístico que conhecemos como Parque da Independência é formado pelo Museu do Ipiranga, o Horto Botânico, o Jardim Francês, a Casa do Grito e o Monumento à Independência, que guardam um acervo de mais de 450 mil objetos e documentos importantíssimos para a compreensão da sociedade brasileira.

Com a reforma que está acontecendo atualmente, o complexo vai crescer: uma área de 6.800m² está sendo aberta no subsolo para receber uma bilheteria, um café, uma loja, um auditório para 200 pessoas, um espaço para programas educativos e uma sala para exposições temporárias. No Jardim Francês, está prevista a construção de um restaurante de 270m², com espaço para foodbikes, e o resgate de duas fontes originais que foram demolidas em 1972.

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Na mesma coletiva de imprensa realizada no dia 31 de agosto, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan, destacou que o objetivo da reforma vai além da preocupação com a arquitetura e os objetos expostos no museu. A ideia é tornar as instalações mais sustentáveis e acessíveis para pessoas com deficiência através da inclusão de escadas rolantes e elevadores.

O grosso já foi feito. A exatamente um ano da reinauguração, estão concluídas as etapas que envolvem restauração, reparo estrutural e ampliação. O foco agora está em recuperar os jardins e o entorno do museu, além de instalar 12 exposições – 1 temporária e 11 permanentes – que vão compor o projeto de museografia, acessível e repleto de recursos interativos e multimídia.

Para custear todas essas inovações, foi feito um investimento total de R$ 210 milhões, divididos entre o Governo de São Paulo, a Universidade de São Paulo e 20 empresas privadas. O vídeo a seguir mostra o projeto do “novo” Museu do Ipiranga, que terá capacidade para receber um milhão de visitantes por ano:

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    Fonte: Viagem e Turismo