Ana Lúcia Villela em cerimônia de doação de verba ao lado de Rafael Reif, presidente do MIT — Foto: Arquivo pessoal.

A empresária brasileira Ana Lúcia Villela doou, na última quarta-feira, 20, US$ 28,6 milhões (cerca de R$ 109,4 milhões) em nome da Fundação Alana ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para estimular o desenvolvimento de novas pesquisas sobre síndrome de Down.

“A verba financiará ciência, inovação e educação para promover o entendimento, a capacidade e a inclusão”, diz o Instituto em seu site.

Com esse dinheiro, será criado o Alana Down Syndrome Center, que reunirá profissionais de diferentes disciplinas para aprofundar os conhecimentos sobre a síndrome. A equipe será liderada por duas cientistas mulheres: Angelika Amon, especialista em instabilidade cromossômica; e Li-Huei Tsai, estudiosa de doenças degenerativas, como Alzheimer.

Além da pesquisa multidisciplinar nos laboratórios de neurociência, biologia, engenharia e ciência da computação, o presente financiará um programa de quatro anos com o Centro Deshpande de Inovação Tecnológica do MIT, chamado “Tecnologia para melhorar a capacidade”, no qual as mentes criativas do Instituto serão incentivados e apoiados na concepção e desenvolvimento de tecnologias que possam melhorar a vida de pessoas com diferentes capacidades intelectuais ou outros desafios. Além disso, há a intenção de distribuir bolsas de estudo de pós-doutorado sobre síndrome de Down.

Esta não é a primeira vez que o Instituto Alana faz doação ao MIT. Em 2015, foram doados US $ 1,7 milhão para o MIT que financiou estudos para criar novos modelos de laboratório da síndrome de Down e para melhorar a compreensão dos mecanismos do distúrbio e das possíveis terapias. Ao criar o novo centro, o MIT e os funcionários da Alana Foundation dizem que estão construindo essa parceria para promover a descoberta e o desenvolvimento tecnológico com o objetivo de ajudar pessoas com diferentes habilidades a adquirir habilidades sociais e práticas para melhorar sua participação no sistema educacional. e na vida da comunidade.

“Não poderíamos estar mais felizes e esperançosos quanto ao tamanho do impacto que esse centro pode gerar”, diz Villela. “É uma abordagem inovadora que não se concentra na deficiência, mas se concentra nas barreiras que podem impedir que as pessoas com síndrome de Down prosperem na vida à sua maneira.”

Acionista do Itaú e mãe de Down

Fundadora do Instituto Alana, que estimula o desenvolvimento saudável de crianças; e sócia da produtora Maria Farinha Filmes, cuja proposta é discutir problemas sociais e ambientais, a carreira de Ana Lúcia, acionista do banco Itaú, sempre foi ligada a negócios de impacto social. O interesse específico pela síndrome de Down nasceu há 6 anos, quando sua filha Ísis foi diagnosticada com a alteração genética, dez dias após o nascimento.

“Logo após recebermos a notícia, no momento zero, já começamos a pensar no incentivo à pesquisa. Essa doação ao MIT dá tranquilidade financeira aos estudos sobre o tema”, explica Marcos Nisti, CEO do Instituto Alana e marido de Ana Lúcia. “Escolhemos essa universidade porque é multidisciplinar: foca na troca de conhecimentos de engenharia, computação, genética e neurociência”, completa.

Ele conta que o MIT tem pesquisas avançadas na área da deficiência física, com laboratórios modernos. E que, no momento, a instituição de ensino busca ampliar os conhecimentos também sobre deficiência intelectual, especialmente em relação à síndrome de Down e ao Alzheimer. Com informações do MIT News.

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Fonte: Gazeta News