País vai ampliar testagem na população. Foto: freepik.

Até a manhã desta quinta-feira, 2 de abril, as secretarias estaduais de Saúde divulgaram 6.932 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 26 estados e no Distrito Federal. Segundo dados oficiais, são 247 mortos, de acordo com a secretaria de Saúde do estado, e 127 casos recuperados, segundo mapa da Universidade Jonhs Hopkins.

No Brasil, o avanço da doença está acelerado: foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março). Outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (de 21 a 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 1º de abril, quando a contagem acumulada bateu quase 7.000 infectados.

Na tarde da última quarta, o Ministério da Saúde atualizou os números informando que o Brasil tem um total de 6.839 casos confirmados de coronavírus e 240 mortes.

O Espírito Santo confirmou a primeira morte do estado nesta quinta-feira, 2, e governo do Estado de Pernambuco confirmou mais duas mortes. Em Minas, foi contabilizado o terceiro óbito pela doença e, na noite de terça-feira (31), um homem de 23 anos morreu infectado pelo coronavírus no Rio Grande do Norte. Ele é a vítima mais jovem do coronavírus no Brasil até o momento.

O Ceará divulgou que tem nove mortes confirmadas. O Pará também registrou a primeira morte pela doença. O Rio Grande do Sul chegou a cinco mortes.

Agora, São Paulo tem 2.981 infectados no total. O Amazonas registrou 200 casos confirmados do coronavírus. O Distrito Federal já tem 370, seguido de Rio Grande do Sul (316), Santa Catarina (247) e Espírito Santo (122).

Segundo o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, o governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária.

“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.

No mundo, os casos confirmados se aproximam de 1 milhão: são 956.588 registrados, sendo EUA com mais de 200 mil – o país com maior número. Ao todo, as mortes pelo COVID-19 somam 48.320, com a Itália liderando com 13.155 mortes nesta manhã de quinta-feira e casos recuperados somam 202.728, segundo dados da Universidade Jonhs Hopkins.

Isolamento social

O Ministério da Saúde orientou estados e municípios a emitir ordem de isolamento social e somente serviços essenciais continuam funcionando. Por enquanto, escolas e outros serviços seguem parados em todo o país até o dia 17 de abril.

Cerca de 60% da população está em isolamento, segundo uma tecnologia de geolocalização que aponta o nível de isolamento das pessoas nos Estados do Brasil. Criado pela Inloco –uma empresa de Recife (PE)–, o software consegue mapear o comportamento de 1 indivíduo por meio de sinais de dispositivos de rede sem fio conectado a celulares.

Teste em massa

Até então, somente pacientes com sintomas graves eram testados. Foram distribuídos, até agora, 27 mil testes para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados.

Agora, também serão feitos testes em casos leves. “Estamos adquirindo um volume de testes significativo para que na próxima semana, daqui a 8 dias, tenhamos 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil, para iniciarmos a realização (de testes) em casos leves”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira. “Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil.”

Com a intenção de saber a porcentagem da população que já foi infectada pelo novo coronavírus, o Brasil vai fazer um teste em massa. Ainda neste mês de abril, mais precisamente daqui a duas semanas, 100 mil brasileiros serão examinados. A verificação será feita em três etapas. O Ministério da Saúde deverá aprovar a realização do estudo nesta quinta-feira (2), segundo informou Erno Harzheim, secretário de Atenção Primária a Saúde.

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Fonte: Gazeta News