Fazer ajustes técnicos e táticos na seleção brasileira e reduzir as dúvidas que ainda restam a menos de dois meses para o início da Copa do Mundo do Catar são os principais objetivos de Tite nesta sexta-feira, às 15h30 (horário de Brasília) quando o Brasil enfrenta Gana no penúltimo teste antes do Mundial. O amistoso ocorre na cidade de Le Havre, na França.

Na terça-feira, 27, a seleção volta a campo para encarar outro time africano, a Tunísia, em Paris, no que será o último compromisso antes da estreia no Mundial, dia 24 de novembro, contra a Sérvia. Suíça e Camarões são os outros integrantes do grupo G, em que está o time brasileiro. Já Gana tem companhias de Portugal, Uruguai e Coreia do Sul em sua chave.

A previsão é de que Tite faça a convocação final no dia 7 de novembro. Depois do Mundial ele deixará o comando da seleção independentemente do resultado no Catar.

“A cada dia eu quero terminar o dia e me sentir em paz. Talvez a maior vitória da minha vida é me sentir em paz de ter feito o melhor trabalho possível. Em termos humanos, profissionais, dar meu melhor. Isso me gera paz. Se isso vai ser gerador do título eu não sei, mas me deixa feliz”, avisou.

A ideia, ao experimentar uma formação talentosa, leve, criativa e veloz desde o início da partida contra os ganeses é fazer projeções para a Copa, pensando nas possibilidades que Tite e sua comissão técnica têm de, por exemplo, mudar um jogo em um cenário adverso. O treinador fez a análise de que vale a pena correr riscos defensivos com essa escalação. A fórmula para que ela dê certo passa por jogar com equilíbrio.

“Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco”, afirmou o técnico, citando o recuo de Lucas Paquetá para a função de segundo volante. Neymar fica incumbido de armar o time e municiar Raphinha, Vini Jr e Richarlison.

“O Paquetá é um segundo meio-campista que te traz um senso de criatividade, mas ao mesmo tempo ele te traz um lateral-direito que te dá um equilíbrio defensivo (Éder Militão). São criação e gol os nossos objetivo, mas ter ao mesmo tempo consistência”.

Tite abraçou definitivamente a nova geração de atacantes, na qual também figuram Rodrygo, Antony, Firmino e Matheus Cunha, que estarão no banco. “Gostaria de dizer que o estilo não é uma decisão minha. É característica dos jogadores de lado, dessa nova geração”, argumentou.

Eles reduziram a dependência de Neymar, mas o camisa 10 continua sendo o craque do time e sua presença é fundamental, sobretudo neste momento em que começou a temporada em grande forma como não se via há alguns anos. São 11 gols e oito assistências em 11 partidas no Campeonato Francês, do qual é o artilheiro. “Está jogando muito”, exaltou Tite.

Outra novidade em relação aos últimos jogos está na lateral direita. O setor terá Éder Militão, que atua costumeiramente como zagueiro. A versatilidade dos atletas é algo que o treinador preza porque faz com que tenha mais alternativas.