DA REDAÇÃO – Nesta semana o presidente eleito Joe Biden iniciou oficialmente o processo de transferência de poder, previsto por lei. Já com sua equipe de política externa e segurança nacional definida, Biden informou neste terça-feira (24) as principais prioridades para seus primeiros 100 dias no cargo.

O primeiro compromisso reafirmado por Biden foi o de buscar um caminho para a legalização de 11 milhões de imigrantes indocumentados.

“Vou apresentar uma lei sobre imigrantes, que vai dar a oportunidade de obter a nacionalidade [norte-americana] a mais de 11 milhões de pessoas não documentadas que vivem nos EUA”, disse ele. 

Na primeira entrevista à televisão desde que foi anunciado vencedor, o próximo inquilino da Casa Branca reconheceu que essa será uma missão difícil e que exigirá muita articulação com o Congresso.

Nesta segunda-feira (23), Biden nomeou Alejandro Mayorkas, um imigrante cubano, como secretário do Department of Homeland and Security. A nomeação de Mayorkas foi recebida como uma tentativa de aproximação com a comunidade imigrante após vários abusos cometidos pelo governo Trump.

Mayorkas trabalhou no governo Obama e foi um dos mentores do Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA) que concede autorização temporária para morar, trabalhar e dirigir nos EUA aos que entraram no país de forma ilegal quando crianças. 

“Quando eu era muito jovem, os Estados Unidos forneceram a mim e a minha família um lugar de refúgio”, Mayorkas tuitou na tarde de segunda-feira logo após o anúncio. “Agora, fui nomeado secretário do DHS e supervisiono a proteção de todos os americanos e daqueles que fogem da perseguição em busca de uma vida melhor para eles e seus entes queridos”, completou.

Entre as medidas propostas por Biden para reformar o sistema imigratório americano estão: 

DACA: Restabelecer totalmente o programa criado por Obama, e garantir que os jovens conhecidos como “sonhadores” possam receber auxílio federal para estudar.

Separação nas fronteiras: Promover a reunificação das famílias separadas na fronteira.

Asilo: Acabar com os limites dos pedidos de asilo e retirar restrições a viagens para vários países de maioria muçulmana.

TPS: Revisar os programas de Temporary Protected Status (TPS), que concedem status legal de imigração por períodos limitados àqueles que fugiram de conflitos armados ou desastres naturais em seus países de origem. Geralmente, essas proteções permitem extensões. Para Biden, aqueles que estiveram no país por um longo período terão um caminho garantido para a cidadania.

Carga pública: Joe Biden também pretende acabar com a lei da carga pública criada por Trump para impedir que indocumentados de baixa renda obtenham a legalização de status nos EUA.

Responsabilizar o ICE e o CBP por tratamento desumano: Biden aumentará os recursos para treinamento e exigirá transparência e supervisão independente sobre as atividades do ICE e do CBP.

Militares estrangeiros: Oferecer proteção especial contra deportação para famílias de militares estrangeiros.

Trabalhadores agrícolas: fornecer um caminho para a legalização de trabalhadores agrícolas que dedicaram anos de suas vidas em fazendas de cultivo dos EUA.

Vistos de trabalho: Aumentar o número de vistos oferecidos para a imigração permanente de trabalho, de acordo com as condições macroeconômicas.

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