• Acidentes mostram a necessidade de consciência sobre o uso do cinto de segurança

O desafio agora para os familiares é cuidar das crianças depois do trauma vivido.

Dois acidentes nas últimas semanas, um deles envolvendo uma brasileira, comoveram a Flórida. As evidências mostram o quanto o uso do cinto de segurança pode ser fundamental para salvar a vida.

A brasileira Keli Machado, de 30 anos, morreu no dia 26, quase uma semana depois de sofrer um acidente com sua família na noite do dia 20 em North Fort Myers. Seu marido, Jesus, morreu no local do acidente. A filha mais nova do casal, Khaleesi, de 5 anos, ficou em estado crítico, mas já está em casa. E os filhos mais velhos tiveram ferimentos leves.

Em Deerfield Beach, outro acidente tirou a vida das irmãs Akeena e Keanna, de 2 e 5 anos, que de acordo com a polícia não estavam em uma cadeirinha.

De acordo com a Fox4, os meninos filho do casal, de 11 e 8 anos, estavam no banco de trás do Jeep e usavam cinto de segurança. De acordo com o relatório do acidente, Jesus não estava usando o cinto. Não está claro se Keli e Khaleesi estavam usando o cinto.

Jesus estava dirigindo na US 41 em North Fort Myers por volta das 10pm com sua família no carro. De acordo com o Florida Highway Patrol, seu Jeep Wrangler 2000 bateu no canteiro e capotou várias vezes até parar em uma valeta. Jesus e Keli foram jogados para fora do veículo.

Keli teve lesões na coluna e membros quebrados. Ela não resistiu após uma das cirurgias pelas quais passou e morreu no dia 26.
Depois de ouvir o relato dos meninos, a família tem razões para acreditar que o acidente foi causado por um “hit and run”, ou seja, um outro veículo teria causado o acidente e fugido. Mas o acidente ainda está sendo investigado.
O desafio agora para os familiares é cuidar das crianças depois do trauma vivido.

Keli, que vivia em North Port, nasceu no Rio de Janeiro e veio para a Flórida com 1 ano e 6 meses, de acordo com sua única irmã, Angie Villamor, vive em Miami. Seus pais também moram nos EUA desde que se mudaram para cá há quase 30 anos.
Agora a expectativa é que a avó materna, a brasileira Maria Noêmia da Silva, tenha pelo menos meia custódia dos netos que ela ajudava a filha e o genro a criar em North Port.

Foi criada uma página no GoFundMe para ajudar os filhos do casal: www.gofundme.com/HelpForMachadoFamily.

Akeena Avanel Bennett, de 2 anos de idade, e Keanna Ariel Bennett, 5 anos.

Meninas do acidente em Deerfield não estavam em cadeirinha

Outro acidente que chocou o sul da Flórida no último fim de semana tirou a vida de duas irmãs que estavam a caminho da igreja com sua madrinha. O acidente aconteceu na I-95 em Deerfield e parou o trânsito por horas no sentido sul da I-95 no domingo (28).

Akeena Avanel Bennett, de 2 anos de idade, morreu no domingo. Keanna Ariel Bennett, 5 anos, ficou ligada a aparelhos no Broward Health Medical Center, em Fort Lauderdale, mas morreu na segunda-feira (29) à noite.

A madrinha das meninas, Rashida Raby, de 34 anos, de Deerfield Beach, as estava levando para o culto cristão da Salvation Army, em Fort Lauderdale, disse a mãe das meninas, Annette Bennett.

O Toyota Corolla 2014 de Raby e um Kia Forte 2019 colidiram no sentido sul da I-95, ao norte da Sample Road, disse o Florida Highway Patrol.

Lei da Flórida em relação às cadeirinhas de bebê

Embora Annette tenha afirmado que sempre usou cadeirinha para as filhas no carro, nenhuma das duas estava em um assento apropriado para as suas idades, de acordo com o tenente de FHP Alvaro Feola, na segunda-feira.

A maior causa de mortes de crianças com 3 a 14 anos é acidente de carro. Em 2016, 723 crianças com 12 anos ou menos morreram em acidentes de carro. Mais o número de acidentes é muito maior: 128 mil crianças se machucaram em acidentes. De todos os acidentes fatais em 2016, 35% não estavam em cadeirinhas.

De acordo com a lei da Flórida, qualquer criança com 5 anos ou menos precisa andar no carro em uma cadeirinha testada contra acidentes.

Quando a criança cresce, ela ainda precisa usar um booster seat e depois, cinto se segurança.
Para mais detalhes sobre o uso de cadeirinhas, visite www.leg.state.fl.us.

Lei da Flórida e estatísticas em relação ao cinto de segurança

Desde 2009 a lei da Flórida exige o uso de cinto de segurança. O condutor, o passageiro do banco da frente e todos os passageiros com menos de 18 anos são obrigados a usar o cinto ou cadeirinha, em caso de crianças.

Desde 2013, a porcentagem de mortes em que a pessoa não estava usando o cinto de segurança caiu 6%, mas ainda há um longo caminho pela frente.

O cinto de segurança pode evitar que, em um acidente, a pessoa seja ejetada do veículo, seja jogada contra outros passageiros ou a janela. Usando o cinto, o motorista fica junto ao volante, aumentando assim a possibilidade de controlar o veículo. Os airbags não substituem os cintos de segurança, de acordo com o Florida Highway Savety and Motor Vehicles.

Na Flórida, em média, 41% dos que morreram em acidentes em veículos não estavam usando o cinto. “Isso significa que centenas de pessoas que morreram nas estradas da Flórida tinham a opção de usar o cinto de segurança, mas não o fizeram”, disse o FHSMV. “Os homens têm duas vezes mais chances de serem mortos em um acidente que não usam o cinto de segurança do que as mulheres”.
O cinto reduz em 50% as chances de uma pessoa ser ferida ou morta em um acidente.
Com informações do Sun Sentinel e Fox.

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Fonte: Gazeta News