O Palmeiras enfrentou o Atlético Mineiro sem a sua espinha dorsal, já que não tinha Weverton, Gustavo Gómez e Danilo. E agora, provavelmente ficará um tempo também sem o atleta mais efetivo entre todos da Série A. Raphael Veiga sentiu o músculo posterior da coxa direita e jogou apenas 13 minutos contra os mineiros.

O meio-campista será reavaliado nesta segunda-feira. Ele lesionou a coxa no momento em que deu um pique para alcançar lançamento de Gustavo Scarpa. Tentou continuar na partida, ficou em campo mais alguns minutos, mas teve de ser substituído.

Será certamente uma baixa muito sentida, já que o Veiga é o atleta com mais participações em gols entre todos do Brasileirão. Considerando a disputa do Mundial de Clubes, ele participou de 25 gols marcados pelo Palmeiras neste ano. Foram 18 dele e sete assistências em 31 jogos.

Também merece atenção a situação de Zé Rafael. Ele levou uma pancada de Nacho Fernández e foi substituído na sequência. “Vamos ver o que o Zé tem. O Nacho deu-lhe uma porrada sem bola. Foi assim o jogo todo. Deveria ter recebido o segundo amarelo”, reclamou o técnico Abel Ferreira.

Confirmadas as ausências de Zé Rafael e Raphael Veiga, a lista palmeirense de desfalques subirá para sete atletas. Kuscevic, Gómez e Atuesta estão com as suas respectivas seleções, Mayke trata uma tendinopatia de calcâneo na perna direita e Jailson rompeu o ligamento do joelho e é improvável que volte a jogar neste ano.

Por outro lado, Weverton e Danilo retornam nesta terça, depois do amistoso da seleção brasileira com o Japão. Eles devem reforçar o time contra o Botafogo, quinta-feira, no Allianz Parque.

Abel preferiu não lamentar as baixas. Disse mais uma vez que uma de suas funções é procurar soluções e fazer o melhor com o que tem à disposição. No entanto, voltou a reclamar do calendário do futebol brasileiro, um dos poucos do mundo que não é interrompido durante a Data Fifa.

“Com esta insanidade de jogos, com este calendário, vai haver oportunidades para todos jogadores”, avisou o técnico, ao falar sobre as chances que os jovens recém-promovidos têm tido no profissional. “Não vamos ter a equipe com máxima força, máximos recursos, como não tivemos nos últimos jogos. Mas esses jogadores são campeões do trabalho. Trabalham com ambição e seriedade”.