Seguindo os passos de outras cidades, Framingham (Massachusetts) criará uma nova lei chamada…

Seguindo os passos de outras cidades, Framingham (Massachusetts) criará uma nova lei chamada “Welcoming Immigrants” para ajudar os imigrantes locais a se sentirem seguros na comunidade.

A Câmara Municipal de vereadores decidiu, na terça-feira (19), criar um novo comitê para redigir diretrizes sobre como o governo municipal irá interagir com a população imigrante de Framingham. A proposta foi apresentada pela brasileira Margareth Shepard, que também é vereadora da cidade.

Embora os detalhes desta proposta ainda não tenham sido determinados, os defensores da medida dizem que um dos objetivos é construir confiança entre os imigrantes e a cidade, além de ajudá-los a se sentir à vontade para denunciar crimes, levar os filhos às escolas e participar do próximo censo de 2020.

A iniciativa surgiu após uma recente discussão sobre o censo, que estabelecerá a contagem oficial da população da cidade, afetando os recursos que recebe dos governos Estadual e Federal.

Margareth Shepard é vereadora do 7º Distrito e observou que os imigrantes de Framingham não têm atualmente orientação da cidade sobre como lidar com questões de imigração. “Esforços na reforma federal de imigração também estão estagnados”, disse ela.

Shepard propôs a criação de um comitê composto por três vereadores e um representante do gabinete do prefeito para redigir o texto da proposta “Welcoming Immigrants”, refletindo as necessidades específicas da cidade.

Os vereadores votaram por 9 a 0 para criar o comitê e decidiram que ele deveria ser presidido pela prefeita Yvonne Spicer. Três vereadores também estarão no grupo, bem como um membro do Comitê Escolar, um representante do departamento de polícia, dois residentes nomeados pelo prefeito e um membro da Liga de Serviços da MetroWest.

Proposta foi aprovada pelos vereadores por 9 a 0 e contou com apoio de vários ativistas.

Shepard, que foi eleito em 7 de novembro para representar o 7º Distrito, é considerada a primeiro imigrante brasileira eleito para uma Câmara de Vereadores nos Estados Unidos.

Ela mudou-se para Framingham, vindo do Brasil, em 1992, e na época não falava inglês e começou a trabalhar junto com os primos como babá e faxineira. Um ano depois, Shepard fundou sua própria empresa, a Golden Cleaners, que ainda administra.

Framingham tem uma das maiores concentrações de imigrantes brasileiros de todo os Estados Unidos, com uma estimativa de 6.000 dos 68.000 habitantes da cidade, os quais estão criando raízes na região.

Outros grandes grupos latinos em Framingham incluem aproximadamente 3.200 porto-riquenhos, 1.200 dominicanos, 1.100 guatemaltecos e 1.000 salvadorenhos. Os porto-riquenhos estão entre os primeiros a se estabelecer em Framingham, chegando na década de 1930.

Ondas de migrantes brasileiros seguiram nos anos 80 e 90, ajudando a sustentar o centro comercial da cidade que estava enfrentando dificuldades, à medida que a atividade varejista se movia para Rota 9 e grandes fabricantes fechavam suas portas.

Várias organizações locais que apoiam imigrantes na MetroWest estão apoiando a proposta de Shepard. Os que falaram a favor da medida na terça-feira incluíram Lois Josimovich, diretora de desenvolvimento da Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers (MAPS), e Volmar Scaravelli, Padre da paróquia de São Tarcísio, e presidente do Brazilian American Center (BRACE).

“Acreditamos que seria uma excelente contribuição para melhorar nossa cidade – uma cidade que acredita na inclusão, não discriminação, e oportunidades para toda a população”, disse ele.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times