Depois de morar um período na Flórida, com o apoio da Fundação Ronald McDonald´s, o pequeno…

Depois de morar um período na Flórida, com o apoio da Fundação Ronald McDonald´s, o pequeno Gabriel Franco Machado e sua mãe se mudaram para Massachusetts para dar segmento ao tratamento contra uma paralisia cerebral, gerada por dois erros médicos no Brasil. A família do menino tentou vários tratamentos em hospitais brasileiros, mas não obteve êxito. Depois de algumas pesquisas, descobriram que nos Estados Unidos teriam o apoio que precisavam e uma chance de salvar a vida do filho.

Na época, em uma conversa exclusiva com o Brazilian Times, Jeferson Machado, pai do menino, contou um pouco de sua história e a saga para manter o filho vivo. Gabriel nasceu prematuro de 27 semanas, devido a um erro médico em um hospital na cidade de Campinas (São Paulo). “Com dois anos de vida, em 2009, ele teve uma crise de convulsão muito forte e foi isso que gerou os problemas neurológicos”, fala ressaltando que “a partir daí os ataques não cessaram mais”.

Jeferson explica que as crises são difíceis de controlar, mesmo estando em um hospital. Ele lembra que já houve vezes em que o menino ficou cerca de duas horas com um ataque de convulsão. “É muito difícil ver isso e não poder fazer nada. Meu menino toma cinco remédios anticonvulsivantes”, continua.

Gabriel fala com dificuldades e tem problemas motores. Há cerca de dois meses na Florida, ele está passando por um tratamento de fonoaudiologia. Segundo Jeferson, os médicos no Brasil negaram este tipo de tratamento ao menino, sob a alegação de que não havia perspectivas de melhora. “Isso foi mentira, pois hoje eu vejo meu menino cada vez melhor com o tratamento que está recebendo neste país”, afirma.

Outro tratamento que foi negado ao menino, no Brasil, foi o de fisioterapia intensa, que o ajudaria em suas habilidades motoras. Este tipo de cuidado Gabriel também está recebendo na Florida.

Agora, na esperança de manter o tratamento e conseguir a cura ou pelo menos amenizar o sofrimento do filho, a mãe do garoto, Perla Raquel Machado, enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro.

Ela, que é sargento do Exército brasileiro, deixou o país por conta própria em busca de tratamento para o filho, depois de ser rejeitada pela saúde pública brasileira.

Nos Estados Unidos foi descoberto que a criança tinha um coagulo calcificado no cérebro, algo não percebido aqui no Brasil e que causava tantas crises convulsivas que o deixavam perigosamente debilitado. “Se ele continuasse no Brasil, morreria”, disse.

Devido às crises, Gabriel perdeu a fala, mas após o início do tratamento já nos EUA, iniciado com apoio de doações e instituições, a família começou a “ver luzes no fim do túnel”.

VEJA O TEOR DA CARTA ESCRITA POR ELA AO PRESIDENTE

Excelentíssimo Senhor Presidente da República Jair Messias Bolsonaro

Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da República Antônio Hamilton Mourão

Assunto: Tratamento de Saúde no exterior de filho menor dependente de militar da ativa, Major de Infantaria do Exército Brasileiro

Senhor Presidente,

Gabriel Franco Machado, tem 11 anos, é filho de Militar da ativa do Exército Brasileiro, sofrendo na condição de paralisia cerebral, deficiência visual e possuidor de Epilepsia refrataria de difícil controle. Por conseguinte, o menor necessita de tratamentos complexos e de alto custo, que estão bem acima das condições financeiras da família.

Há mais de cinco anos o menor vem requerendo a terapia Therasuith com estimulação visual ao Fundo de Saúde do Exército, que sempre negou o custeio do tratamento. Cumpre salientar que o tratamento não é experimental, tendo os seus benefícios reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina.

Para a realização do tratamento da convulsão a família vem se mantendo como pode, usando seus próprios recursos e contando com a ajuda da comunidade brasileira e Instituições religiosas. Mas infelizmente, em Massachussets, não é realizada a terapia Therasuith, só em outros Estados, os quais não adotam a mesma política assistencialista.

Portanto, e tão somente por isso, a família precisa recorrer ao Fundo de saúde do Exército, que diga-se de passagem não é gratuito, para cobertura da terapia, passagem aérea do acompanhante e a ajuda de custo para esse fim. Atente-se ainda, que todas essas despesas estão previstas na legislação pertinente.

Desse modo, rogo a Vossa Excelência que interfira no caso em comento para que o Exército Brasileiro autorize o repasse de verbas para a realização da terapia Therasuith nos EUA onde o menor Gabriel se encontra em tratamento de saúde.

Apelo para o Espírito público de V Excelência e agradecendo a compreensão na certeza de que Vossa Excelência tomará as medidas efetivas para reverter essa grave situação de descaso de modo a garantir a saúde e consequente a vida do meu filho Gabriel.

Fonte: Redação – Brazilian Times

Fonte: Brazilian Times