Funcionários do governo afirmam que objetivo do ICE é deportar as famílias o mais rápido possível.

As operações em todos os Estados Unidos para prender milhares de famílias indocumentadas estão programadas para começar no domingo, dia 14. Estas informações foram reveladas ao jornal New York Times por um atual e um ex-funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês).

Os detalhes finais sobre esta ação, que já foi anunciada pelo presidente Donald Trump há mais de três semanas, detalhes finais permanecem em andamento.

Esta operação havia sido adiada, em parte por causa da resistência dos funcionários em sua própria agência de imigração. Mas agora, fontes de dentro do Governo afirmam que está tudo pronto.

Os ataques, que serão conduzidos pelo Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) ao longo de vários dias, incluirão deportações “paralelas”, segundo os funcionários, que falaram sob condição de anonimato por causa do estágio preliminar da operação.

Nessas deportações, as autoridades poderiam deter imigrantes apenas por estar na cena de alguma ação, mesmo eles não sendo alvos dos ataques.

Quando possível, os membros da família que forem presos serão mantidos em centros de detenção familiares no Texas e na Pensilvânia. Mas devido a limitações de espaço, alguns podem acabar ficando em quartos de hotel até que seus documentos de viagem sejam preparados. O objetivo do ICE é deportar as famílias o mais rápido possível.

Os agentes vão a locais de trabalho e residências em busca dos imigrantes.

As autoridades afirmam que os agentes do ICE tem como alvo pelo menos dois mil imigrantes que haviam sido deportados anteriormente ou têm ordem de deportação – alguns por não comparecerem ao tribunal – mas que permanecem no país ilegalmente. A operação deverá ocorrer em pelo menos 10 grandes cidades.

Também estão na lista as famílias que cruzaram a fronteira recentemente. Em fevereiro, muitos desses imigrantes foram notificados para se reportar ao escritório da ICE e deixar os Estados Unidos, mas não o fizeram segundo as autoridades.

Matthew Bourke, um porta-voz do ICE, disse em um comunicado na quarta-feira, dia 10, que a agência não comentaria detalhes específicos relacionados a estas operações, para garantir a segurança e proteção dos agentes.

A ameaça de deportação sacudiu as comunidades de imigrantes em todo o país, provocou reação dos políticos e policiais locais e estimulou a divisão dentro do Departamento de Segurança Interna – a agência encarregada de realizar as deportações. O objetivo do governo Trump é usar a operação como uma demonstração de força para impedir as famílias de se aproximarem da fronteira sul do país, segundo relatou alguns oficiais.

Embora raros, tais ataques coordenados ocorreram sob administrações anteriores. Agentes expressaram receio em relação a prisão de bebês e crianças pequenas. Eles também notaram que a operação pode ter sucesso limitado porque a história já se espalhou entre as comunidades imigrantes e todos foram orientados sobre como evitar a prisão – ou seja, recusando-se a abrir a porta quando um agente se aproxima de sua casa.

Os agentes do ICE não podem forçar a entrada em uma casa. Os advogados provavelmente apresentarão moções para reabrir casos de imigração das famílias, o que atrasaria significativamente, se não parasse completamente, um processo de deportação.

A Porta-voz do Congresso, Nancy Pelosi, ligou para o presidente Trump após ele relatar o plano em um tweet e pediu que parasse a operação. Ela descreveu a ação como “sem coração”.

Fonte: Redação Braziliantimes

Fonte: Brazilian Times