O jornalista e produtor Carlos Borges iniciou há alguns meses um programa que é transmitido…

O jornalista e produtor Carlos Borges iniciou há alguns meses um programa que é transmitido através do Facebook, pela página do Focus Brasil, e tem por finalidade orientar a comunidade brasileira sobre diversos assuntos. Nesta quarta-feira, dia 17, ele abordou um tema atual e de extrema relevância para todo os Estados Unidos, não apenas para os imigrantes – o Censo 2020.

Para isso ele reuniu alguns brasileiros que estão ligados diretamente ao assunto e representam o 2020 US Census em suas comunidades. Os convidados representavam as comunidades de Massachusetts (Adriane Queiroz, Álvaro Lima, Márcia Marques e Natalícia Tracy) e Flórida (Viviane Saide e Mônica Ribeiro).

Carlos Borges iniciou o debate falando que faltam pouco menos de três meses para o período de pesquisa terminar e grande parte da população brasileira que vive nos Estados Unidos ainda não respondeu. Ele destacou que “está é uma grande oportunidade que os brasileiros têm de ampliar a sua visibilidade nos EUA.

Mônica Ribeiro, especialista do Censo na Florida é Vice-presidente na BankUnited, disse o principal trabalho do grupo tem sido o de levar informação à todas as comunidades. “A comunicação é fundamental e precisamos educar e motivar as pessoas a responderem, apresentando os verdadeiros benefícios que o Censo traz para os estados”, disse.

Ela explicou que muitos deixam de responder ao questionário porque acham que não receberão nada em troca, mas os agentes do Censo estão mostrando que quanto mais pessoas forem contadas, mais recursos o estado receberá. “Esta verba é destinada a projetos sociais, saúde, habitação, transporte e muito mais” afirma. “É preciso pesar no futuro dos filhos, da família e da comunidade e responder ao questionário vai ajudar a oferecer uma vida digna para todos” continuou. “Este tem sido um Censo muito difícil, diante da atual situação que vivemos e a administração Trump perseguir os imigrantes”, disse.

Viviane Saide, que trabalha como defensora dos imigrantes no sul da Flórida, reforçou os argumentos de Mônica e acrescentou que um dos medos dos imigrantes é terem suas informações compartilhadas com o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês). Ela explicou que é importante motivar os brasileiros, principalmente os indocumentados, de que os riscos de deportação são zero para quem participar. “Nossa comunidade precisa aprender a cultura de responder ciente de que terá grandes benefícios fazendo isso”, explicou.

Ela ressaltou que todos os brasileiros chegaram aos Estados Unidos com o objetivo de ter uma qualidade melhor de vida para si e seus familiares. “Portanto é importante que estas pessoas entendam que só terão os benefícios que almejam se responderem ao Censo”, afirmou. “Temos que fazer o nosso papel”, continuou.

Viviane disse, ainda, que o US Census Bureau conta com o apoio dos líderes e ativistas em todas as comunidades imigrantes. “Desde março, este tem sido o nosso trabalho. Conversar, orientar, educar e falar sobre o quanto é importante o governo dos EUA saber quantos e quem são os residentes de seu país.

Em relação ao medo dos imigrantes quanto a possível deportação, Álvaro Lima, que trabalha como Pesquisador na Prefeitura de Boston, explicou que não há motivos para este receio. Ele disse que participa do grupo que prepara todos os formulários que são encaminhados aos residentes de sua cidade. “Eu assino um documento de compromisso e se alguma informação vazar, eu estarei sujeito a cinco anos de cadeia e uma multa no valor de US $250 mil”, disse.

Ele acrescentou que o medo que os brasileiros sentem de responde ao Censo se deve ao fato da administração Trump ser tão opressora contra a comunidade imigrante e a violência atual da polícia. “Muitos pensam que os recursos direcionados pelo resultado desta pesquisa serão para ajudar na imposição de novas leis contra as minorias. Por isso optam por não responderem”, afirmou. “Mas estamos vencendo esta barreira e mostrando que se todos forem contados, será uma grande vitória para que os governos lutem pelas suas comunidades, independente do status de imigração”, segue.

Da mesma forma pensa a diretora do Brazilian Worker Center, Natalícia Tracy, que destacou a importância de mostrar para os brasileiros os benefícios que a sua comunidade terá se ele participar do Censo. “Infelizmente a nossa comunidade se acostumou a ver as partes negativas de tudo e pouco buscam o que é positivo. Nós estamos tentando mudar isso e está dando certo” afirmou.

Ela explicou que um dos maiores desafios é responder à pergunta da maioria: “por que darão suas informações a um governo que só quer deportar imigrantes e pouco faz por eles?”.

Natalícia disse que apesar de difícil, através de um trabalho árduo, todos os dias, o grupo tem conseguido o seu objetivo. “Estamos usando a pandemia como uma arma para mostrar o quanto o Censo é importante”, disse. “As pessoas estão vendo um mundo de necessidades e nós mostramos que o resultado das pesquisas pode evitar que cenas assim se repitam no futuro”, continuou.

PRAZO ESTÁ TERMINANDO

Adriane disse que atualmente, as pessoas têm a oportunidade de responder ao Censo através de um site na internet (www.2020census.gov), por telefone com atendimento em português ou um formulário que é enviado para todas as residências. Ela alertou que o prazo está terminando e de acordo com informações, em alguns estados termina dia 11 de julho e em outros, no dia 11 de agosto,

Após o período de respostas terminar, os agentes do Census iniciarão um trabalho de visitação, pois responder ao questionário é uma obrigação determinada pela Constituição dos Estados Unidos. “Após o dia 11, as pessoas começarão a receber visitas de recenseadores que busca de informações e conclusão dos seus trabalhos”, explicou.

Viviane reforçou a importância dos imigrantes responderem e garantiu: “suas informações jamais serão compartilhadas com outras agências governamentais. Elas são protegidas por lei, com base ao artigo 13 do Código Federal”.

Ela ressaltou que trabalha há 22 anos defendendo imigrantes no sul da Flórida e jamais entraria em algo que prejudicaria sua comunidade. “O Censo não é um perigo. O Censo é um benefício para todos”, finalizou.

Para assistir ao debate completo, acesse o link https://bit.ly/3hDCjdY

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Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times