Foto de Denize com o filho publicada na página da campanha.
Depois de muito relutar, a…

Foto de Denize com o filho publicada na página da campanha.

Depois de muito relutar, a baiana de Salvador, Denize de Oliveira, 37 anos, decidiu pedir ajuda. De acordo com ela, seu filho de seis anos de idade lhe confidenciou que o padrasto tinha abusado sexualmente dele. Além disso, ele tenta, desde 2016, ser reconhecido como pai do menino.

Denize disse que relatou o caso ao Departamento de Polícia de Deerfield Beach (Flórida) no dia seguinte uma assistente social foi à sua casa e realizou uma entrevista com seu filho.

“Ela nos encaminhou Nancy J Cotterman Center, um centro de assistência para crianças vítimas de abuso sexual, mas a mesma assistente social não enviou o caso. Quando chegamos ao local, eu não falava praticamente nada de inglês, e como a assistente não havia enviado o caso, meu filho não foi atendido naquele dia”, afirma.

Para ela, foi uma verdadeira frustração, porque estava enfrentando uma situação muito difícil e não tinha nenhum apoio. “Fomos ao tribunal e o caso foi encerrado pelo Departamento da Criança e da Família (DCF, sigla em inglês)”, continua.

A baiana afirma que o DCF não investigou o caso e seu filho não recebeu atendimento adequado. Após o caso ser encerrado, seu marido começou a pedir a custódia da criança. “Durante esse período, flagrei meu filho abusando do gato em casa”, disse ressaltando que o menino transferiu para o animal o que a mãe estava sofrendo.

Denize levou o filho ao Womam in Distress, onde um advogado anotou o testemunho do garoto e encaminhou a brasileira ao Nancy J Cotterman Center em Fort Lauderdale.

Mas, ao mesmo tempo, o tribunal concedeu, no dia 30 de outubro de 2019, a custódia da criança para o agressor sexual, mesmo o menino ter passado por tratamento da terapia. “Pedi ao tribunal que pelo menos permitisse que meu filho fosse atendido antes por psicólogo para ter uma visão real do que a criança estava relatando”, afirmou. “Mas o pedido foi negado pelo juiz”.

Em 5 de novembro de 2019, ela foi buscar seu filho, mas foi surpreendida com uma ordem judicial que suspendia a guarda compartilhada e com as condições de ela só poderia ver o filho sob supervisão, duas vezes por semana.

Denize afirma que não foi notificado sobre esta decisão com antecedência e também não teve direito de defesa em um tribunal. “Eles simplesmente pegaram meu filho de 5 anos e entregaram nas mãos do agressor sexual”, denuncia.

De acordo com ela, desde o dia 5 de novembro de 2019 até hoje, seu filho já foi tratado com um pediatra 11 vezes, com problemas de saúde. “Eu fui removida dos registros desta clínica, fui removida dos registros escolares. Não posso ter contato com meu filho sem supervisão e tenho que pagar pela visita. Desde novembro, tenho lutado para ver meu filho, porque ele nunca está disponível.

Fui ao FBI para pedir ajuda no meu caso e fui presa. Isso mesmo, presa. Eu com 37 anos, mãe de dois filhos, fui presa”, continua.

Ela também acrescenta que o ex-marido apresentou uma queixa alegando que foi agredido por Denize e ela foi presa por causa disso.

“Eles não acreditaram no meu filho quando ele disse que estava sendo abusado sexualmente por esse homem, mas eles acreditaram nesse homem quando ele disse que foi agredido”, se revolta.

Denize disse que está desacreditou totalmente na justiça dos Estados Unidos e que não consegue entender que “um homem tenha abusado do seu filho, tirado ela dela, a colocou na cadeia por uma noite, perdeu o emprego por causa dessa prisão, fui expulsa de casa e ninguém faz nada”.

Diante disso, ela decidiu iniciar uma campanha para arrecadar a quantia de US$ 5 mil e pagar um bom advogado para tomar conta do caso. “Eu preciso do meu filho de volta e preciso da ajuda de todos”, finaliza.

Quem quiser ajudar é só acessar o link https://bit.ly/2vPP81x e fazer uma doação de qualquer valor. Até a tarde deste domingo não havia sido doado nenhuma quantia.

Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times